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Segunda-feira, 24 de Março de 2008

ACASO OU DESTINO

 

No mês de Agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel em negócios.
Na quinta-feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido numa pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, no centro de Jerusalém. O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa, mas ele não tinha tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelita perguntou-lhe se ele aceitaria ficar no seu lugar na fila à frente.
Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez o seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direcção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s. Moshê ficou branco.
Por apenas dois minutos ele escapara do atentado.
Imediatamente lembrou-se do homem israelita que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele homem tinha salvo a sua vida e agora poderia estar morto.
Aterrorizado, correu para o local do atentado para verificar se ele necessitava de ajuda, mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo.
Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças.
Cerca de outras noventa pessoas ficaram ferida, algumas em condições críticas. As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada.
Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de qualquer forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensanguentadas eram socorridas por policias e voluntários.
Uma mulher com um bebé coberto de sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Decidiu  tentar todas as formas de saber o que acontecera com o israelita que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelita num leito de um dos hospitais. Estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho daquele homem, que estava lá a acompanhar o seu pai, e contou tudo o que acontecera.
Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momento, Moshê despediu-se do rapaz deixando-lhe um cartão seu, caso o seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema no seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência.
Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets. Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.
Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão.
Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas ofereceu-me um lugar na fila ..."
Mas não Moshê. Ele sentia-se profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo e não foi trabalhar.
Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de Setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.

 

Contos por Palavras: ,
contado por Jorge Oliveira às 15:50

link do Conto | favorito
De Jorge Oliveira a 24 de Março de 2008 às 22:49
Obrigado Alexandra por teres publicado esta história no teu blob

http://blogs.sapo.pt/userinfo.bml?user=picarota310172

Com Carinho
Jorge Oliveira
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De
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